quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Na sequência do post anterior...

... subscrevo (praticamente) na íntegra. Na essência, é isto.

"Não sou uma colega fofinha. Não cumprimento todos os dias com beijinhos os colegas que vejo todos os dias. Não acompanho ninguém à janela para fazer companhia enquanto fuma um cigarro. Não faço Euromilhões em conjunto. Não digo que sim para não me chatear. Não evito o confronto. Discordo sem pesar. Quando chego levo o pequeno-almoço no bucho e começo logo a trabalhar. O que faz com que não tome o pequeno almoço em matilha. Não compro coisas da Avon nem da Oriflame à colega velha que só não vende a mãe porque não pode. Acho que ser colega não é o estádio anterior a ser-se amiga. Não faço programas com os colegas em pós-laboral. Na hora de almoço apetece-me, quase sempre, estar sossegada em silêncio a desanuviar. Dispenso conversa da treta. Não bebo nas festas de Natal e nunca perco noção dos contextos de trabalho. Odeio formações outdoor. Reciclo prendas dos amigos secretos de um ano para o outro. Não papo grupos. Não faço panelinhas. Não me apetece ter que levar com a música dos computadores dos colegas (ponham fones, caramba!). Meto sempre um dia de férias no dia do meu aniversário para dispensar nhonhices. Não falo sobre as gracinhas da minha filha e não tenho pachorra para ouvir falar das gracinhas dos filhos deles. Não troco receitas da Bimby, não dou o contacto do meu cabeleireiro e não digo onde comprei os meus sapatos. Não envio emails com correntes nem frases motivacionais e reencaminho para spam os endereços dos que me enviam. Levanto-me todos os dias para trabalhar no tempo útil do horário laboral e não para fazer 43 intervalos e depois fazer horas extra. Não vou beber café aos pares. Praguejo sozinha. Tenho pouca pachorra. Não sou uma colega fofinha".

(Daqui...)

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